Blogue do livro "Na Rota do Yankee Clipper" - de José Correia Guedes @ Chiado Editora, Lisboa. Dezembro de 2012.

Naufrágio no Mar da Palha

Programa produzido e editado por Vítor Moura Pinto para no Jornal das 8 da TVI de 2 de Junho de 2021.

Clique na seta para reproduzir o video




Um relato do Comandante Nash, veterano do Boeing 314


“When I joined Pan Am in 1942, one of the first phrases that I learned was “flying by the seat of your pants” – an old adage used to describe proper flying techniques. Before high-altitude jets flew commercially, we had to fly through wide storms rather than over them.  To do so, we developed a seat of the pants technique – literally- whereby our bottoms were being bumped, rather than slipping or sliding.
“Today, we have the sophistication and luxury of jetliners to fly over many of those boiling storm masses, cabin pressurization for oxygen supply, and radar to show us the dangerous storm cells, enabling us to fly around the violent depictions shown on the weather radar screen.
“When crossing an ocean in a Pan Am flying boat such as the Boeing-314, we navigated celestially using an octant.  Every Pan Am pilot was required to learn two methods of star computations to lay a position on the chart. On a Boeing-314 we had a glass hatch atop the cabin through which we could “shoot stars”.  When the sky was partly cloud-covered, we plotted whatever navigational stars we could see.  If the sky was overcast we could not use our octants.
“In the daylight we could see wind streaks on the surface of the sea, shiny lines running 90 degrees to the waves.  If we had cloud cover below as well as above, we would navigate by dead-reckoning, using the wind we thought we had.  If clear below and we passed a ship we could see, we could compare our position with theirs.
“Approaching a coast, such as much of the Atlantic shoreline, which could be a mass jungle, while receiving poor or no radio signals, we aimed at the shore off-coast 30 degrees left or right – wherever we considered the destination most likely to be.  When we arrived at the coast we then followed the shore to our destination.  If we had flown straight at the destination and saw nothing, we would not have known which way to follow the coast.
“During a typical 11-12 hour flight, we usually took turns resting every 4 hours in our crew bunks.  The props turned at 1,600 RPM’s and they vibrated violently.  Consequently, it took some time to fall asleep.
“During World War II on trans-oceanic flights, Pan Am crews had to learn how to decipher coded messages.  At departure we received an envelope which was not to be opened until we were aloft containing the keys to the codes which were valid for only a certain number of hours and then changed.
“The Boeing-314 crew consisted of a captain, first officer, second officer, third officer, fourth officer, first and second flight engineers and one Morse Code radio-operator plus varying number of flight personnel.  Four or more male stewards were aboard, depending on the aircraft’s configuration.  The work on board was considered too strenuous for stewardesses.  Hefty, large-capacity life rafts had to be handled and there were ponderous bunks to be prepared for sleeping.
“The entire aircraft was First Class, and our flying boats often carried kings, queens, presidents and potentates.  We were instructed to be pleasant with them if they addressed us, but not to seek out conversation.  President Juan Trippe wanted us to be able to converse intelligently by keeping up with current events, and having a good knowledge of history and sensitive political issues.
“Passengers enjoyed delicious meals that were prepared onboard and served in a 14-place dining room with black walnut tables in a silver and blue décor.  The food was elegantly served in courses by stewards in white jackets, on pale blue table cloths with matching monogrammed napkins and china.  Wine was always served and dinner was topped off with fancy desserts, fruits and cheeses, and a cordial of crème de menthe.  Sometimes there was a captain’s table.  After dinner, the dining room was converted into a lounge where some passengers chose to relax while others went to their cabins to sleep.
“The Boeing-314’s were retired from Pan Am’s service in 1946, after World War II.  Not one survived, and only a few parts exist in museums which to me, is very sad. Clare Booth Luce, a playwright, United States Congresswoman and Ambassador to Italy, returned to the US aboard a flight on the Boeing-314 and said “Years from now, we will look back upon Pan American’s flying boats as the most glamorous, romantic air travel in the world”.
“To me, experiencing this phase of early commercial aviation was one of the best times of my life.  Having had the opportunity to be part of a Boeing 314 crew was an outstanding adventure for a young man, and I still recall it well at age 94, and thrill to the memories of that great aircraft and the exciting era of world history, all made possible by my years with Pan Am.”

As Fotografias dos Destroços do Yankee Clipper

Imagens inéditas dos destroços do Yankee Clipper fornecidas por António Bento, oficial da Armada e filho do Comandante Manuel Bento, responsável pela segurança do Porto de Lisboa à data do acidente. Ainda é possível identificar parte da matrícula do aparelho (NC18603) no que resta de uma das asas, o que confirma tratar-se de facto do Boeing 314 a que a Pan American chamou Yankee Clipper.
Estas imagens servem também para destruir qualquer esperança de existirem ainda alguns destroços significativos mergulhados no fundo do Tejo desde aquele fatídico dia de Fevereiro de 1943. Quase tudo foi recuperado e o que não foi seria arrastado para bem longe pelas fortes correntes do rio.







Revista de Marinha

Revista de Marinha, Junho de 2013


GAMMA, 22 de Junho

O nome que consta do convite não está totalmente correcto, mas o resto é verdade. Na manhã do dia 22 de Junho lá estarei no GAMMA, Grupo de Amigos do Museu de Marinha, para mais uma apresentação do Yankee Clipper. A entrada é livre.




Bertrand Chiado, 7 de Abril

Bertrand Chiado, domingo 7 de Abril. O reencontro com duas boas e longas amizades nascidas nos aviões.


Bertrand Chiado

Domingo, dia 7 de Abril, apresentação no Espaço do Autor da livraria Bertrand Chiado, uma das mais antigas e prestigiadas do país.


Book.it, Campo de Ourique

Livraria Book.it , rua Ferreira Borges. Dia 6 de Abril
Vai um autógrafo?


Fnac Cascais Shopping

Hoje era assim, junto da Fnac do Cascais Shopping. No domingo dia 24 terá lugar a apresentação de um Powerpoint sobre a viagem final do Yankee Clipper. Às 1730. Entrada livre.



Um Livro para Todas as Idades

Fotografia enviada por um pai que se orgulha de uma filha que gosta de ler. Há "vício" melhor?


Fnac, 24 de Março

Chegou à Fnac Cascais Shopping mais uma remessa de livros do Yankee Clipper, que fica disponível na secção "Literatura Lusófona". O primeiro lote esgotou no dia da apresentação no Espaço Memória dos Exílios, no Estoril.
No dia 24, às 1730, irei apresentar neste local o mesmo Powerpoint que serviu de suporte ao evento do Estoril. Não percam!



Estoril, 23 de Fevereiro de 2013

Imagens das sessões realizadas a 22 e 23 de Fevereiro no Espaço Memória dos Exílios, no Estoril, na data em que passavam 70 anos sobre o acidente do Yankee Clipper. O auditório do Espaço teve lotação esgotada no sábado, o que diz bem do sucesso desta iniciativa da Câmara Municipal de Cascais.


O Cte Cyrne de Castro e o dr José António Barreiros (em baixo) foram dois dos principais protagonistas das sessões do Espaço Memória dos Exílios. O Professor António Tello, O Coronel Vieira Borges e o Cte José Vilhena completaram o leque de conferencistas.





O Professor Carvalho Rodrigues (em cima, à direita) honrou-nos com a sua presença e deixou algumas  palavras de incentivo.

O belíssimo modelo em alumínio do Boeing 314 "Yankee Clipper", cedido pelo meu amigo Paulo Augusto para decorar a mesa dos conferencistas.

Estoril, 23 de Fevereiro

Só para quem gosta (muito) de aviação. Entrada livre.


As Imagens de João Garcia

Série de extraordinárias imagens da autoria do fotógrafo açoreano João Garcia Júnior, detentor de um notável espólio fotográfico sobre as operações dos Clippers da Pan Am no porto da cidade da Horta.
Agradeço a José Medina Garcia, seu neto, esta notável colecção.









Ecos de Vila do Conde

Imagens da apresentação na Biblioteca José Régio, em Vila do Conde, com José Novais e o autor no uso da palavra.


Fnac Cascais Shopping

                                             FNAC Cascais Shopping, 27 de Janeiro


Próxima Apresentação

Biblioteca Municipal José Régio, Vila do Conde


Aterrem em Portugal

No Espaço Memória dos Exílios, no Estoril, a Câmara Municipal de Cascais vai dar início a um ciclo de conferências e apresentações que coincide com o 70º aniversário do acidente do Yankee Clipper. Para começar teremos a apresentação do magnífico trabalho de Carlos Guerreiro "Aterrem em Portugal", que terá lugar na tarde de sábado dia 26 de janeiro. Absolutamente imperdível.
Mais informações na Agenda Cultural CM de Cascais


Agenda Cultural C. M. Cascais

Agenda Cultural janeiro/fevereiro 2013 da Câmara Municipal de Cascais.
23 de fevereiro às 1600 horas

Em Cascais

À venda, a partir de hoje, na mais antiga livraria de Cascais, que é também uma das mais antigas do distrito de Lisboa. Acaba de completar 40 anos de bons serviços prestados aos amantes da leitura e continua a ser uma livraria como todas as livrarias deveriam ser.  Montes e montes de livros, numa aparente desorganização "organizada", que permitem ao leitor fazer aquilo que ele mais gosta: navegar, "cheirar" e encontrar o livro que vai encher de encantamento as suas próximas horas ou os seus próximos dias.
Mesmo que não procurem o "Yankee Clipper", não deixem de visitar a Galileu. Já não se fazem lugares assim.


Em Vila do Conde

É já no dia 25 de janeiro de 2013 que  o livro "Na Rota do Yankee Clipper" vai ser apresentado em Vila do Conde, na Biblioteca Municipal. Seguir-se-à um debate sobre o tema, que se espera interessante e bem participado, até porque a história também passa por esta cidade.
A apresentação do autor estará a cargo do engº José Maria Novais*, amigo de juventude, conterrâneo e ele próprio autor de várias obras publicadas ao longo das últimas décadas.

* - Licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade Técnica de Lisboa (IST), Ex - Professor de Engenharia no Ramo de Automação Industrial e Comendador da Ordem de D. Afonso Henriques.


Na Ascari

Tal como o nome sugere, a Ascari é uma livraria voltada essencialmente para os automobilistas. No entanto os aviadores começam a ganhar terreno, como o comprova o relativo sucesso que foi a apresentação do Yankee Clipper.
As fotografias são de Ricardo Lemos


O autor entre duas figuras lendárias do automobilismo nacional, António Peixinho e Ernesto Neves.



Carlos Gaspar (à esquerda) foi outro grande campeão que esteve presente. À direita, o autor com Carlos Gilbert, que fez a apresentação do livro


Comentários

 ACRÓSTICO

Juntou a Ana, um grupo de amigos e familia. 
O almoço foi divertido e salutar e emocionante. 
Sagrando-se a minha senescência, pelos 65anos. 
E um acontecimento memorável, sem Alzheimer.
Com isso, ganhei NA ROTA DO YANKEE CLIPPER.

O narrar,    romanceado,    dum    acontecimento que  foi 
Realidade, nos idos anos da II Guerra Mundial. 
Relato muito claro e com uma escrita fabulosa. 
Envolve-nos na polftica de outrora e na actual, 
Imensos adagios, proverbios e ditos portugueses, 
A aviação com toda a sua técnica e destreza.
Ganhei um escritor que auguro um belo futuro. 

Uma escrita lavada, bem feita, com pontos e vfrgulas. 
E uma narrativa que nos não deixa abrandar, 
Desde logo, só um excelente aviador para a contar. 
E de certeza que o meu voto, para um NOBEL, 
Será dado. 0 outro Zé contigo deveria ter aprendido.

2016. MAIO.26
KinCD


Acróstico: juntem-se as primeiras letras de cada verso e sairá um nome ou palavra.





  Meu caro Zé Guedes
Obrigado por me teres feito viver nestes dois últimos dias, uma aventura em companhia do teu e já meu amigo, Ernesto Sardinha. O Comandante Sardinha.
Apesar de já conhecer bem a historia do Yankee Clipper, conhecimento esse que se cimentou com o acompanhamento que fui fazendo do teu Blog, ler a historia romanceada, foi para mim um prazer.
Gostei.
Contar factos históricos, não é fácil, corre-se o risco de ser enfadonho ou plagiador. Tu encontraste uma formula inteligente e imaginativa de o fazer e que saiu muito bem.
Como disseste na apresentação fazer um romance, não é para todos, mas tu conseguiste.
Como também o confessaste, grande parte do livro é uma autobiografia, nem podia deixar de ser, os teus quase 40 anos a voar tinham que ter aqui a sua marca.
O toque de cultura do Ernesto, não só sobe o ponto de vista musical com os blues, o pormenor do "rapaz" Frank Sinatra em 1942 e outras dicas muito bem metidas, mas também com a pintura (Van Gogh) e dum modo geral com o ambiente que o envolve, tem obviamente o teu ferro.
Toda a história é muito bem enquadrada e muito bem retirada da realidade dos factos. A colagem ao General Humberto Delgado é genial, as referencias a Salazar e à nossa neutralidade na guerra é muito oportuna e o “grand final” em que realmente desaparece o narrador, é muito bem pensada.
O problema agora é se lhe tomas o gosto...
Grande abraço do "companheiro de 356 aventuras"

Vasco Branco
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        Caro Zé
     Refª Na Rota do Yankee Clipper
Uma trama notável e um entrosamento dos personagens virtuais com os reais, uma descrição das situações e dos locais mais variados- ex. os jantares no Palácio, Nova York enregelado, o cockpit do Clipper- que nos fazem lá estar, o português fluido e escorreito tudo isto é do melhor. 
Obrigado por nos ter permitdo "viver" uma época em que eu andava no Técnico. Por tudo isto li o Livro de um fôlego - não conseguia parar. Adorei e parabéns.             
Um abraço de estima e apreço                    
João Lopes da Silva

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Na leitura q tenho vindo a fazer do livro,já cheguei à fase em q o Cte Sardinha pilotou o Clipper no Aeroporto Maritímo de La Guardia ao lado do Cte ROD Sullivan e até aqui tudo vai de vento em popa ié, estou a gostar do livro, o qual contém muitas memórias de uma vida bem vivida travestida na pele do piloto Sardinha da Aero Naval portuguesa. No fim da sua ainda acrescentarei mais qq coisinha.Vou comprar mais uns exemplares para oferecer no Natal, mas só a pessoas q percebam/gostem desta trama q o livro aborda. Agradeço ao Cte José C. Guedes a boa leitura q me está a proporcionar do seu livro. Cordiais cumprimentos, luis f. gouveia. 
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Já terminei quase a leitura do seu livro. Excelente! Parabéns!
Helena Xavier, Cascais
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Sorte e fama com esta sua obra, meu caro.
São os votos de mais um desconhecido que aprecia as coisas do mar.
Att.: Mauro A L Hespanhol
Brasil
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História bem contada, escrita escorreita que cativa apanhando o "espírito do tempo"; o Zé "fala" do que sabe- aviões, jazz,glamour. Li com gosto e recomendo a sua leitura. 
Alfredo Ferreira
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A história está bem engendrada em particular no que refere ao pretexto e modo como embarca o 1TEN Sardinha no Clipper. Daí para diante flui na pena de um experimentado Pilotaço.
As referências à época trouxe—me à memória, muitos anos depois, figuras como o Jimmy Durand (?) que ainda vi no cinema nos filmes da Esther Williams (a que chamo a minha professora de natação!) e depois tudo o mais que desconhecia (conhecendo qb) do avião, dos procedimentos, das escalas, dos passageiros e do muito que deu colorido ao livro entre o mítico Estoril e a pragmática Manhattam, com as interpretações muito latinas dum ingénuo cá do burgo.
P.S.: O pai do Cte Conceição Silva, então com cerca de 14 anos, lembra-se da tragédia e de ver corpos despedaçados amontoados na antiga doca da Caldeirinha do antigo Arsenal (hoje soterrada). Nunca mais esqueceu!
Rui Ortigão Neves
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A Galileu é o espaço literário mais antigo de Cascais e o livro lê-se muito bem. Logo, o autor merece duplos parabéns!
Patrícia Black
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O livro prendeu-me do princípio ao fim, a história está perfeita e tecnicamente ( como não podia deixar de ser … )  muito bem conseguida e romanceada, acabei por sinceramente “viver” a viagem e quer-me parecer que há um potencial bom escritor escondido dentro de si !  Portanto …
António Guerra
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Também já concluí a leitura deste livro que recomendo acima de tudo a todos aqueles que se interessam pela aviação !!!
Carlos Manuel Belo Abreu
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"Tem uma narrativa bem construída e está muito interessante".
Marta Miranda, directora da Biblioteca José Régio
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ADOREI !
De leitura fácil, mantém o permanente desejo de continuar a ler, feito por quem sabe de aviões, com um pouco de erotismo,  suspense e História é, sem qualquer favor, um excelente trabalho.
Os meus parabéns.

Carlos Laranja
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Parabéns! Gostei, consegues manter o interesse de quem lê desde a primeira página até ao fim. E o comandante Sardinha parece-me representar muito bem o que poderia ser um aviador português, bem português, daquele tempo.
José Pyrrait

Museu de Marinha, Lisboa, 5 de Dezembro de 2012

Imagens do lançamento do livro no Pavilhão das Galeotas do Museu de Marinha. Casa cheia, muito para além das expectativas, para um acontecimento testemunhado pelo "Santa Cruz" de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, com o Bergantim Real em fundo. É possível melhor cenário?
Obrigado ao Almirante Bossa Dionísio por ter honrado esta cerimónia com a sua presença e por ter permitido a utilização deste espaço sagrado onde se concentra o ADN dos melhores portugueses de sempre, os gloriosos  navegadores das Descobertas. E obrigado também ao Comandante Cyrne de Castro pela  brilhante palestra sobre a aviação naval que ele tão bem conheceu. Nem uma mosca se ouvia enquanto ele falava. Um homem invulgar, de facto.
Um agradecimento especial para os meus amigos e para os muitos entusiastas desconhecidos que me honraram com a sua presença neste dia memorável. Oxalá o livro corresponda às vossas expectativas.